Esta turma costuma refletir bastante!

sábado, 30 de outubro de 2010

Bruxas

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“Yo no creo en brujas, pero que las hay las hay “. De certa forma todos crêem que elas existam até hoje, dentro de cada mulher. É aquele lado mais sombrio, que fazemos de conta não existir. Como se nem soubéssemos que o tínhamos escondido, em um canto pouco vasculhado do nosso ser. Tememos descobrir as coisas feias que já fizemos através dela e culpamos a terceiros por nos terem tirado do sério: os pais, os irmãos, aquela “amiga da onça“, até o cachorro do vizinho! Acredite, ela está dentro de nós esperando um bom motivo para se revelar.
O lado bom de reconhecermos que não somos tão boas assim é se permitir errar conscientemente, apenas por preguiça de fazer o que é certo. Quando no assumimos tal como somos, podemos agir mais livremente e fazer nossos feitiços. Feitiços do tipo da “bruxinha boa do oeste”, que age só pelo bem, ainda que seja pelo bem dela mesma! O disfarce de toda bruxa é ser discreta, o que é diferente de ser dissimulada, afinal aprendemos a gostar do que somos. Quando a vida nos permite certa normalidade e constituímos família, a reclamação mais comum é o sono pesado dos respectivos companheiros, sem perceber que no fundo isso é misericórdia divina. Por quê? Imagine se aquele príncipe encantado dormindo do nosso lado acordasse, no meio da noite e nos flagra indo ao banheiro, descabeladas, sem maquiagem alguma, assim de cara limpa amarrotada de sono? Faça o teste e descubra! Quando levantar de madrugada, antes de ir ao trono da rainha, dê uma paradinha em frente ao espelho, acenda a luz e se olhe. Ainda que sua visibilidade esteja embaçada não pense ser uma ilusão de ótica. Não se assuste, nem se belisque como quem tenta acordar de um pesadelo; é apenas a nossa imagem real e natural. Leva-se algum tempo para entender que é melhor vê-los dormindo e sorrindo como quem está vivendo uma fantasia ao invés de acordarem para um pesadelo real. Enquanto isso, nós nos levantamos primeiro e nos damos ao privilégio de melhorar o visual antes que eles possam cogitar a existência daquele nosso outro lado!
As bruxas de hoje são descoladas, antenadas, vitaminadas! Lembram-se dos “chapéus pretos e ponte-agudos” que eram usados para esconder aquele cabelo tipo palha de aço? Essa técnica já está em total desuso! Agora temos alisamentos para os cabelos mais rebeldes; alongamento para os que demoram a crescer; escova progressiva para um look mais liso natural, além de um variado cardápio de cores de tintas que temos a nossa disposição em qualquer farmácia. Verruga no nariz? Depois do Ivo Pitangui, virou passado. Assim como as rugas de expressão que carregamos por séculos. Podemos até escolher o modelo de nariz tipo Barbie, boca estilo Angelina Julie, lentes de cores diferentes uma para cada dia da semana se quisermos! O vestido preto que mais parecia uma toga, no qual éramos confundidas com a “orça, a baleia assassina”, foi substituído por jeans, mini-saias, blusinhas baby-look. Mas se ainda quiser manter o preto; sem problema toda mulher tem que ter um pretinho básico! Os outros adereços como sandálias, brincos, colares ficam ao gosto de cada uma. Bem como optar por uma malhação para manter o corpinho, ou dietas, e até uma lipo-escultura, dependendo de quanto podem investir em si mesmas.
Como o progresso é lei, nossas técnicas estão mais sofisticadas. Os utensílios arcaicos foram substituídos por alta tecnologia. Os ultrapassados caldeirões, os quais para alcançar a borda, precisávamos de escada e fazer muita força para mexer, virou relíquia de museu. Hoje temos microondas, panelas anti-aderentes, timer e muito mais. Aqueles ingredientes difíceis de achar como asas de morcego, ovos de aranha, pó de pele de cobra e etc (impossível relembrar todos depois de tanto tempo) basta ir a um hipermercado para encontrar os produtos mais exóticos, embalados a vácuo e aprovados pelo ministério da saúde, incluindo a versão light e diet. As poções já vêm engarrafas como o Absinto, vinhos de vários matizes. Aromas sofisticados produzidos por grifes famosas como Chanel, Carolina Herrera, Calvim Klein, Pólo etc... Caso não queira ser reconhecida pelo que compra, nós bruxas modernas podemos optar pelo método delivery. Até o meio de transporte desconfortável de antes, agora é um chique acento de 1ª classe em um avião. Tudo se torna mais sutil, mais leve, a sedução não necessariamente ocorre à contra gosto da vítima, mas são as próprias vítimas que se entregam a ousadia, encantamento e magia.
As antigas teorias e tradições de que nossa única intenção era fazer puramente o mal, caiu por terra. Embora tenhamos uma personalidade um tanto quanto egoísta, orgulhosa, vaidosa e competitiva; se analisadas por outros ângulos; poderíamos dizer que isso não é maldade e sim vontade de ser feliz. Toda vez que uma bruxaria é bem sucedida, pelo menos duas pessoas se sentem felizes: a bruxa e o seu objeto de desejo. Do ponto de vista de quem partilhava o mesmo desejo que a “tal bruxa”, resta à inveja de não saber a técnica adequada à conquista de seu amado. Alimenta-se então, da mórbida espera de um dia ver aquela bruxa queimar na fogueira. Engraçado: em toda a história nunca se soube de uma bruxa que tenha queimado um ser humano, por mais “bruxa“ que seja!
Apesar dos feitiços e maldições, é uma injustiça que essas dedicadas “alquimistas” sejam condenadas a uma pena tão cruel. Afinal até as crianças sabem que não se deve brincar com fogo! Pensando bem as bruxas é que são as verdadeiras vítimas, são esforçadas, dedicadas, trabalham duramente e sempre são consideradas as vilãs. Nunca conseguem um final feliz e mesmo que omitam sua identidade sempre é desmascarada, confinada a solidão eterna. Será que esse é o merecido fim de quem não pôde mostrar-se tal como é, sempre vivendo como um ser quase invisível, sem poder treinar suas habilidades, relegada a um castelo no meio do nada. Restando-lhe o sapo como companhia e o príncipe terminando com a “songa-monga” da princesa que sofreu, sofreu e em momento nenhum reclamou, mas também não lutou para manter o tipo frágil.
A transformação mais profunda percebe-se no ritual de uma bruxa. Exaustiva prática que leva a perfeição, estudos prolongados de como satisfazer seu príncipe, toda sedução da lingerie, disciplina para esperar o momento exato, criação do ambiente adequado, velas, penumbra. Esse instinto que até hoje corre em nossas veias, herdamos de quem? Essa “intuição feminina”, esse “sexto sentido”, transmitido de geração a geração, que toda mulher sabe que tem. Analisem vocês homens, se essas não são na verdade qualidades? Então, nada disso nos torna bruxas e sim fadas sem asas.

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GABI BORIN
Recanto das Letras

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Adversidade

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Um filho se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ele. Ele já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansado de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia. Seu pai, um "chef", levou-o até a cozinha e encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver.
Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
O filho deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois o pai apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para o filho, perguntou: "Querido, o que você está vendo?"
"Cenouras, ovos e café," ele respondeu.
O pai o trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ele obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
O pai, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ele obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, o pai lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ele sorriu ao provar seu aroma delicioso e perguntou humildemente: "O que isto significa, pai?"
E o pai lhe explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, "água fervendo", mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água. "Qual deles é você?" o pai perguntou a seu filho.
"Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?"
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha e se torna frágil perdendo sua força?
Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, ou seja, teria um espírito maleável, mas depois de alguma morte, uma falência, um divórcio ou uma demissão, você se tornou mais difícil e duro? Sua
casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis.
Ou será que você é como o pó de café? Ele muda a água fervente, a coisa que está trazendo a dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a 100 graus centígrados. Quanto mais quente estiver a água, mais gostoso se torna o café.
Se você é como o pó de café significa então que quando as coisas se tornam piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.
Diante dessa história, como você lida com a adversidade? Você é uma cenoura, um ovo ou o café?
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Desconheço a autoria

sábado, 23 de outubro de 2010

Refletindo com Shakespeare

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"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E comeca a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quao boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

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William Shakespeare

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Prazer da Vida

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O prazer é uma canção de liberdade,
Mas não é a própria liberdade.
É o despontar dos teus desejos,
Mas não o seu fruto.
É um abismo a clamar pelo céu,
Mas não é nem o abismo nem o céu.
É a ave enjaulada a voar em liberdade,
Mas não é o espaço que ela percorre.
Na verdade, o prazer é uma canção de liberdade.
Gostava que a cantasses com todo o teu coração,
Mas não quero que percas o coração ao cantá-la.
Alguns jovens buscam o prazer como se fosse tudo na vida,
E, por isso, são julgados e repreendidos.
Eu não os julgo nem os repreendo.
Prefiro dizer-lhes que partam em busca.
Não ouviste falar do homem que estava a cavar a terra
Á procura de raízes e encontrou um tesouro?
Alguns anciãos recordam os seus prazeres com remorsos,
Como se fossem erros cometidos durante a embriaguez.
Deviam recordar os seus prazeres com gratidão,
Como quem recorda as colheitas de Verão.
Os que não buscam nem recordam temem o prazer,
Pois pensam que lhes irá prejudicar o espírito.
O teu corpo conhece a sua herança
E as suas necessidades, e não se deixará enganar.
E o teu corpo é a harpa da tua alma;
Pertence-te e cabe-te a ti criar
Uma doce música ou sons confusos.
E agora perguntas, no teu coração:
"Como poderei distinguir o que é bom
do que é mau no prazer?"
Vai para os campos e jardins e verás
Que a abelha tem prazer em tirar o mel da flor,
Mas também se deleita a flor
Ao dar o seu mel à abelha.
Para a abelha, a flor é uma fonte de vida,
E, para a flor, a abelha é a mensageira do amor.
E tanto para a abelha como para a flor,
Dar e receber prazer é tanto uma necessidade
Como um êxtase.
Portanto, no prazer, sê como a abelha e a flor.
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Kahlil Gibran

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Viver um dia por vez...


Na escola da vida, a lição que precisaríamos aprender,
para uso consciente e determinado,
seria conseguirmos viver um dia de cada vez.
Sem atropelos, nem fadigas.
Sem ansiedades, e sem angústias.
Ontem já foi ontem.
Já é passado.
Não tornará mais, nunca mais.
Hoje é hoje, é presente.
É o agora.
É o ludíbrio do instante que passa.
Amanhã é futuro.
Trará consigo seus próprios cuidados e temores.
A cada dia é suficiente seu próprio cuidado.
Viva o seu hoje, hoje.
Viva-o com intensidade.
Mas não queira viver o seu amanhã, hoje, e nem o seu ontem, agora.
Viva um dia de cada vez.
E já é muito, e já é suficiente.
Nossas preocupações neurotizantes com o nosso amanhã
não aumentarão e nem diminuirão o volume e o tamanho dos problemas que nos esperam.
O ontem é experiência, é lição sofrida e aprendida.
É degrau na escada ascendente de nossa experiência pessoal.
É contribuição à nossa maturidade.
Ontem, hoje, e amanhã.
Dias, momentos e tempos bem diferentes, entre si.
E tudo de enorme valia.


(autoria desconhecida)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dia das Crianças e o dilema de dar ou não dar presentes

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Nós crescemos e podemos até deixar de comemorar o Dia das Crianças, mas as lembranças desse dia especialmente dedicado aos pequenos pode durar por toda a vida, servindo como um estreitar de laços entre a família. Para os pais, podem surgir muitas dúvidas quanto à comemoração, cobrança de presentes, falta de tempo para fazer uma programação elaborada (além de filas em cinemas e parques) e até sobre o que liberar no cardápio do dia. "Sem dúvida, o melhor presente é estar presente. O interesse exagerado da criança por presentes pode advir de uma carência de atenção e do apelo excessivo da propaganda", de acordo com a psicóloga Márcia Chicareli Costa. Mas como lidar na prática com esses dilemas?
Presentear ou não?

Toda criança gosta de brincar, mas o desejo exagerado por brinquedos também reflete o apelo para a data, que está em todas as lojas infantis das ruas e dos shoppings da cidade. "Muitos pais se vêem na obrigação de presentear pelo fato de quererem suprir uma falta de atenção e tempo para os filhos", diz Márcia. Dessa forma, independentemente de você dar o brinquedo dos sonhos ao seu filho, é fundamental brincar e conversar com ele, especialmente nesse dia.

A escolha do presente pode ser dada pela criança, o que estimula nela uma responsabilidade - se ela enjoar do brinquedo rapidamente, saberá que foi uma decisão própria. "O pai deve ouvir o pedido do filho, mas muitos não o fazem e insistem em dar aquilo o que acham melhor, pois necessitam suprir desejos que depositaram nele", explica a psicóloga.

No entanto, vale a ponderação: se o presente pedido não for adequado por algum motivo, o pai pode oferecer outras opções e até dizer que não será possível. "É importante que a criança ouça o 'não' diante das impossibilidades, para que vá aprendendo. A criança que hoje quer um grande brinquedo pode querer no futuro um grande emprego, que ela pode não conseguir. Os pais não podem prepará-la para não saber como lidar com frustrações", diz Márcia.

Presentear até que idade?

Uma situação que é bastante frequente é a dos adolescentes que querem ser tratados como adultos, e ainda exigem presentes no Dia das Crianças. "Ceder a essa exigência pode contribuir para que o filho não estabeleça a noção de que já tem algumas das responsabilidades e dos ônus da vida adulta, um paradoxo típico da adolescência". No entanto, para aos pais de adolescentes, reunir a família (aproveitando que a data é feriado no Brasil) e relembrar as peripécias da infância de cada um pode ser uma experiência bastante positiva.
Presente inadequado para a idade

Existem presentes inadequados para algumas faixas etárias, principalmente aqueles com peças pequenas e jogos. É importante observar se o brinquedo tem registro na Anvisa e se a idade indicada na embalagem corresponde à do seu filho. Existem pais que preferem dar dinheiro aos filhos, mas se a criança não tem idade para fazer compras sozinha, os pais devem monitorar como essa quantia será gasta.

A grana está curta

A falta de dinheiro é uma realidade que não pode ser deixada de lado. Se o dia está se aproximando e você está no vermelho ou seu orçamento não permite essa compra, nada de desespero. "A situação deve ser sim exposta à criança, caso ela cobre um presente. O mais importante para as crianças é a atenção dos pais, que pode ser manifestada num simples passeio ou em uma tarde de brincadeiras", diz a psicóloga. Vale reunir os amiguinhos em casa, fazer um bolo, organizar uma gincana, deixá-lo à vontade nos brinquedos da praça, enfim, criatividade e atenção são mais importantes que dar o brinquedo da moda.
Presente útil

Aliar diversão e aprendizado é mais do que possível: "toda brincadeira é um aprendizado", segundo Márcia. Existem muitos brinquedos pedagógicos à venda no mercado a preços acessíveis. Com eles, a criança aprende brincando e costumam ser mais difíceis de serem abandonados, pois, apesar de não terem os atrativos comerciais tradicionais, oferecem desafios lógicos e estímulos dos sentidos. Assim, quando oferecer as opções de presente, vale incluir esse tipo de brinquedo na lista. Contudo, é importante que não seja uma brincadeira chata, na qual a criança sente que está mais fazendo um dever de casa do que brincando.

Cardápio do dia

O que fazer nesse dia em relação ao cardápio? Liberar geral, dando todos os sorvetes e balas que o pequeno pedir, ou manter as regras do dia a dia? Não existe uma resposta certa, isso é uma decisão de cada mãe e pai, a questão mais importante é deixar claro que aquilo não é uma recompensa pela data, mas sim que em comemorações, alguns excesso nas guloseimas podem ser permitidos - e que é muito mais gostoso abusar de vez em quando do que tornar isso uma rotina.

Para a culinarista e escritora Pat Feldman, as crianças não gostam de comer guloseimas por si mesmas, os pais têm papel fundamental na educação alimentar. Ela ainda ressalta a importância de não pensar na comida com uma forma de recompensa: "oferecer gostosuras como recompensa, por exemplo: ganhar chocolate após terminar o dever de casa ou liberar o refrigerante no final de semana faz com que a criança aprenda que diversão está associada a alimentos nada saudáveis e associe o prazer unicamente a essas opções".
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Fonte:
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=214261

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Solidão

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Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. .. Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....

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Francisco Buarque de Holanda

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ser adulto

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Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:- ‘Ah, terminei o namoro…
‘- ‘Nossa, quanto tempo?’
- ‘Cinco anos…
Mas não deu certo…
Acabou’- É, não deu…?
Claro que deu!
Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam.
Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro.
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona…
Acho que o beijo é importante…e se o beijo bate…se joga…se não bate…mais um Martini, por favor…e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.Nascemos sós.
Morremos sós.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer…
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta.
É mais previsível.Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar.
Ou se apaixonar. Ou se culpar.Enfim…
Quem disse que ser adulto é fácil?

sábado, 2 de outubro de 2010

Como as mulheres dominaram o mundo

Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
- E aí, papai?
- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
- E vocês? Não perceberam nada?
- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior:
Continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
- Aí, veio o golpe mundial?!?
- Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente...
- Como era mesmo o nome dele?
- William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci... Desculpe, filho, já faz tanto tempo...
- Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue...
- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona...
- Pai, conta mais...
- Bem filho... O resto você já sabe.
Instituíram o Robô "Troca-Pneu" como equipamento obrigatório de todos os carros...
A Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho...
E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês...
- TPM???
- Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear...
- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai...
- Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas...

Luis Fernando Verissímo
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