Quando a aposentadoria estava se aproximando, comecei a fazer planos: o que vou fazer??? Dormir muuuito, pois sempre estudei e trabalhei pela manhã. Fazer artesanato (pintura em MDF), assistir muitos filmes, fazer as coisas com mais calma, deixar a louça suja para lavar depois, enfim, idéias não faltam. O objetivo principal era ser uma pessoa mais solidária.
Sempre ajudei pessoas carentes: com um lanchinho, ranchinho, roupinhas, brinquedos etc. Só que eu queria ir além. Além das coisas materiais.
Minha amiga Maria Tereza também planejou isso. Então, fizemos um "tour" em alguns asilos para escolhermos um. Escolhemos o Lar Santa Bárbara em Gravataí.
No primeiro dia, o coração ficou muito apertadinho. Cada um tem a sua história de vida, suas mágoas, seus rancores, suas saudades, suas tristezas e pouquíssimas alegrias. Nós não sabíamos para que lado deveríamos ir. Olhares, suspiros, sorrisos, curiosidade e... esperança. A velha e boa esperança.
Estamos fazendo isso há alguns meses, mas parece que nós conhecemos esses velhinhos e velhinhas há muito mais tempo. É impressionante como eles se apegam a nós e nós a eles. Conversar, falar bobagens sem consequência para fazê-los rir, pegar com carinho suas mãozinhas franzinas e enrugadinhas, escutá-los, abraçá-los ternamente, beijá-los com sinceridade e prometer que voltaremos.
É incrível o quanto nos tornamos importantes naquele lar. E como é bom fazer algo tão simples que torna melhor o dia de alguém. Alguém que não é nada nosso: não é parente, não é conhecido, mas que se tornou um amigo. Um amigo que sorri quando se chega, que nos abraça com saudade verdadeira e que fica ansioso pela próxima visita.
Uma senhora olhou fixamente para mim, ficou um pouco em silêncio e disse: -Será que tu gostas tanto de mim quanto eu gosto de ti? E nos abraçamos. Digo com certeza que isso faz um bem danado para ambas as partes. Há momentos em que o coração aperta, mas a certeza do dever cumprido traz felicidade aos nossos corações.
Não nos imaginamos mais sem fazer essas visitas. Pode não ser nesta semana, mas será na outra. E a emoção se renova. E eles sempre têm algo a contar, a recordar, a reclamar e a acrescentar às nossas vidas.
Não podemos passar a vida só olhando para o nosso umbigo. Fazer um pouco por alguém já é fazer muito para a nossa alma. Se você ainda não experimentou essa sensação, experimente. Você será uma pessoa mais feliz. Eu garanto.
Sempre ajudei pessoas carentes: com um lanchinho, ranchinho, roupinhas, brinquedos etc. Só que eu queria ir além. Além das coisas materiais.
Minha amiga Maria Tereza também planejou isso. Então, fizemos um "tour" em alguns asilos para escolhermos um. Escolhemos o Lar Santa Bárbara em Gravataí.
No primeiro dia, o coração ficou muito apertadinho. Cada um tem a sua história de vida, suas mágoas, seus rancores, suas saudades, suas tristezas e pouquíssimas alegrias. Nós não sabíamos para que lado deveríamos ir. Olhares, suspiros, sorrisos, curiosidade e... esperança. A velha e boa esperança.
Estamos fazendo isso há alguns meses, mas parece que nós conhecemos esses velhinhos e velhinhas há muito mais tempo. É impressionante como eles se apegam a nós e nós a eles. Conversar, falar bobagens sem consequência para fazê-los rir, pegar com carinho suas mãozinhas franzinas e enrugadinhas, escutá-los, abraçá-los ternamente, beijá-los com sinceridade e prometer que voltaremos.
É incrível o quanto nos tornamos importantes naquele lar. E como é bom fazer algo tão simples que torna melhor o dia de alguém. Alguém que não é nada nosso: não é parente, não é conhecido, mas que se tornou um amigo. Um amigo que sorri quando se chega, que nos abraça com saudade verdadeira e que fica ansioso pela próxima visita.
Uma senhora olhou fixamente para mim, ficou um pouco em silêncio e disse: -Será que tu gostas tanto de mim quanto eu gosto de ti? E nos abraçamos. Digo com certeza que isso faz um bem danado para ambas as partes. Há momentos em que o coração aperta, mas a certeza do dever cumprido traz felicidade aos nossos corações.
Não nos imaginamos mais sem fazer essas visitas. Pode não ser nesta semana, mas será na outra. E a emoção se renova. E eles sempre têm algo a contar, a recordar, a reclamar e a acrescentar às nossas vidas.
Não podemos passar a vida só olhando para o nosso umbigo. Fazer um pouco por alguém já é fazer muito para a nossa alma. Se você ainda não experimentou essa sensação, experimente. Você será uma pessoa mais feliz. Eu garanto.
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